A importância da reabilitação Neuropsicológica em situações de Acidente Vascular Cerebral



“as áreas cerebrais lesadas ou disfuncionais podem ser substituídas por áreas vizinhas intactas, em maior ou menor grau, dependendo da especialização da área afetada.” (Costa, 2002). 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) representa-se como um importante problema de saúde pública. A sua prevalência revela-se cada vez mais elevada em países como Portugal. Assim sendo, esta doença cerebrovascular caracteriza-se como sendo a primeira causa de deficiência neurológica e incapacitação funcional, sendo conhecida como a terceira causa de morte a nível mundial, estimando-se que uma considerável percentagem de 40 a 50% da população seja acometida por um AVC (Toazza, 2010).

O Acidente Vascular Cerebral não representa um impedimento para a recuperação muito menos para a vida, por isso, segundo Whitbourne (2001), existem três fatores fundamentais na recuperação de um individuo com AVC, nomeadamente os fatores individuais que são intrínsecos como a capacidade de humor, as capacidades cognitivas entre outras, ainda de referir os fatores emocionais em que a família constitui um dos suportes fundamentais na recuperação e aceitação da doença e das suas limitações por parte da vítima, e por fim, os fatores de suporte relacionados com a componente social, nomeadamente o acompanhamento médico e social que a vítima de AVC tem à sua disposição.

No entanto, surge a reabilitação neuropsicológica como uma ação fundamental neste tipo de problemas, com o objetivo de minimizar as repercussões sofridas, atuando com técnicas fundamentadas numa melhoria de qualidade de vida e essencialmente reduzindo o impacto da falta de memória no seu dia-a-dia, também pretende auxiliar e melhorar a performance dos pacientes com AVC nas suas funcionalidades de aprendizagem de informações básicas e de utilidade para o seu quotidiano, existem três tipos de técnicas de reabilitação da memória para pacientes com AVC, sendo que distinguem-se em técnicas sem ajudas externas, técnicas recorrendo a ajudas externas não electrónicas e meios de utilização eletrónica. A estrutura cerebral do ser humano é infindável, sendo que o nosso cérebro tem capacidade para grandes alterações no seu interior, assim sendo a plasticidade neuronal é possível de ocorrer após um AVC e é a esse facto que a reabilitação pretende incidir, nomeadamente organizando o cérebro de forma a não perder capacidade ou minimiza-las após as alterações provocadas pela doença. Ou seja, o nosso sistema nervoso central possui capacidade de recuperação de áreas afetadas. 


Fátima Ribeiro
Psicóloga Clínica e Neuropsicóloga

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