A importância da reabilitação Neuropsicológica em situações de Acidente Vascular Cerebral
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) representa-se como um importante problema de saúde pública. A sua prevalência revela-se cada vez mais elevada em países como Portugal. Assim sendo, esta doença cerebrovascular caracteriza-se como sendo a primeira causa de deficiência neurológica e incapacitação funcional, sendo conhecida como a terceira causa de morte a nível mundial, estimando-se que uma considerável percentagem de 40 a 50% da população seja acometida por um AVC (Toazza, 2010).
O Acidente Vascular Cerebral não representa um impedimento para a recuperação muito menos para a vida, por isso, segundo Whitbourne (2001), existem três fatores fundamentais na recuperação de um individuo com AVC, nomeadamente os fatores individuais que são intrínsecos como a capacidade de humor, as capacidades cognitivas entre outras, ainda de referir os fatores emocionais em que a família constitui um dos suportes fundamentais na recuperação e aceitação da doença e das suas limitações por parte da vítima, e por fim, os fatores de suporte relacionados com a componente social, nomeadamente o acompanhamento médico e social que a vítima de AVC tem à sua disposição.
No entanto, surge a reabilitação neuropsicológica como uma ação fundamental neste tipo de problemas, com o objetivo de minimizar as repercussões sofridas, atuando com técnicas fundamentadas numa melhoria de qualidade de vida e essencialmente reduzindo o impacto da falta de memória no seu dia-a-dia, também pretende auxiliar e melhorar a performance dos pacientes com AVC nas suas funcionalidades de aprendizagem de informações básicas e de utilidade para o seu quotidiano, existem três tipos de técnicas de reabilitação da memória para pacientes com AVC, sendo que distinguem-se em técnicas sem ajudas externas, técnicas recorrendo a ajudas externas não electrónicas e meios de utilização eletrónica. A estrutura cerebral do ser humano é infindável, sendo que o nosso cérebro tem capacidade para grandes alterações no seu interior, assim sendo a plasticidade neuronal é possível de ocorrer após um AVC e é a esse facto que a reabilitação pretende incidir, nomeadamente organizando o cérebro de forma a não perder capacidade ou minimiza-las após as alterações provocadas pela doença. Ou seja, o nosso sistema nervoso central possui capacidade de recuperação de áreas afetadas.
Fátima Ribeiro
Psicóloga Clínica e Neuropsicóloga

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